Bibica conheceu Peter Pan, ele já não é mais menino mas continua lutando para não envelhecer aos 46 anos de idade, a verdade é que a Terra do Nunca fica em algum lugar da cidade baixa e o pó de Pirlipimpim é uma droga viciante também conhecida como amor, nos faz levitar e ver o que não existe, lhe convido caro leitor a conhecer essa (his)estória.
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| Cidade Baixa: onde mora Peter Pan |
Era mais uma vez na Terra do Nunca, uma história que já tinha terminado mas que rendeu sem necessidade mais um capítulo.
Bibica levou Peter Pan para casa passando alguns dias em sua presença, onde pouca coisa parecia ter mudado, embora aqui e ali Peter Pan voltasse a falar que acabou. Ora, mas era assim mesmo qdo ainda existia sentimento, pouco se perceberia a diferença, afinal a depender do ponto de vista, estava ele muito melhor, mais receptivo a carícias e até mais gentil do que antes. Fazia lembrar o primeiro mês... a aventura na poltrona da sala.
Bibica não era Wendy com quem Peter Pan estivera casado por 17 anos, muito menos a Sininho, um amor recente por uma fadinha rodada lá de The United States of Feira de Santana. Talvez ele não visse nela graça alguma. Por isso ela arregalava os olhos e pensava "o que ele quer comigo?", Peter Pan percebeu que quando a beijava ficava atônita sem saber o que fazer.... No início foi bom - muita cumplicidade, ela sentia um desejo enorme de fazer aquele homem se tornar tudo aquilo que ele podia ser: um bom pai, um bom marido, um empresário de sucesso e viu que apesar da segunda impressão ter sido de um cara "rude e complicado" era apenas uma questão de momento, afinal estava triste, depressivo, cinco anos desempregado, deixado por Wendy, a ex-mulher, dando desculpas imbecis e levando seus filhos para outro Reino muito distante, só possível de acessar através de um vôo de dragão.
Peter Pan nunca amou Bibica e parecia nos últimos dois meses cada vez mais frio, mais irritado, nada que ela fazia parecia bom ou certo mesmo que a intenção fosse agradá-lo. Ela andava triste, todos a sua volta percebiam. Mas, ela se iludia achava que era uma fase que tudo voltaria ao começo. Ele vinha falando em distanciamento, ela não entendia, queria a sua presença. Amor não é isso? Querer estar com o outro? Ele parecia estar buscando uma desculpa para o fim, ela se sentia rejeitada, afinal, mais do que qualquer coisa ela queria seu carinho e sua presença. Então, em uma tarde de sábado no 21 de maio terminou. Algumas palavras quando lançadas não voltam atrás e ele que costuma desculpa-se por besteiras, não percebe que a magoou na alma. Ela ficou deprimida, afinal há muitos anos não experimentava esse sentimento e o amargor das palavras dele tinha infectado seu coração. Mas, o amor dela permitiu perdoar e esquecer. Ele apelava dizendo que agora ela não o ajudaria mais, que só servia como namorado, mas que não servia como amigo. Namorado? Ele alguma vez falou dela assim? Ela já não lembrava. No inicio ele disse que ela podia continuar a busca dela e eles ficariam naquele relacionamento (usando os dedos como aspas ao dizer "relacionamento") - será isso uma amizade colorida? Ela pensou: o que ele quer comigo? será que tem vergonha de mim?
Bibica cedeu, vamos ver uma peça aqui, outra ali. Mas, era hora de colocar um ponto final. Afinal ela merecia alguém que a ame, afinal ela precisa resgatar o amor que ela deu e que agora não tem mais sentido devotar a ele. Embora não fosse nenhum príncipe encantado, tinha lá seus encantos, o que a fez, mais uma vez, se encher de expectativas, voltando a sonhar... coitada mal sabia que contos de fadas são para crianças e que Capitão Gancho era simplesmente a bruaca do RH que não dava o emprego a Peter... Quando se é criança ou se está amando, a verdade e a ilusão se confundem, pois: oxitocina, anfetamina, endorfina são os componentes do verdadeiro pó de Pirlimpimpim, um pó perigoso, que às vezes cega, às vezes amplia, às vezes distorce... A culpa é do pó!!! O Pó é viciante... A culpa não é dela, não é dele, é do Pó!
Assim, ela mais uma vez se iludiu. Aquele final de semana embora parecesse não era um reinício. Ela vai percebendo isso... ficando mais introspectiva e triste, afinal se enganou mais uma vez. Arrumou a mochila dele com documentos que estavam em seu poder na incerteza de quando o veria de novo, pois ela não queria vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo. Se os olhares novamente se chocassem, o sentimento que estava ali e que ela pensou estar diminuindo voltaria às proporções iniciais. Como domá-lo? ela Tinha que esquecê-lo! Sim! Era preciso deslembrar (existe essa palavra? kkk), se não fosse recomeçar. Bibica deixa-o em casa e se passa o seguinte diálogo:
- Peter o q vc quer de mim?
Peter responde - Posso pensar? tenho que avaliar umas situações...
- Claro, meu amor, que pode pensar. Lembre-se que ainda te amo.
- Mesmo que eu não possa corresponder a esse amor?
- Meu bem, você sabe que não é assim que as coisas funcionam...
Ela estava feliz, porque a dúvida era sinal de esperança, ou seja, nem ele sabia o que fazer ao certo. Bibica: contos de fadas são para criança!!!! Ele simplesmente não te ama, quem ama quer ficar junto, ele sempre inventou desculpas para querer ficar longe... acorde!!! Ela não acordou, esperava que no domingo seguinte ele desse uma resposta positiva... Acho que no DNA de Bibica tinha um pouco do de Cinderela, Gata Borralheira, Branca de Neve todas aquelas patéticas personagens que sonham com final feliz. Mas, três dias depois uma conversa de menos de três minutos se deu por telefone. Ele disse: "para que mais tempo?" Oxe! ele esqueceu o tempo que pediu no domingo, agora a voz mais forte e determinada. Ela pergunta "o que você quer para nós dois?", ele disse "Amizade".
Ora, a magoa já passou, as cicatrizes q as palavras que ele proferiu contra ela estavam quase completamente saradas. Claro que se pode resgatar a amizade, por mais que ela tenha ficado sem chão. Por que ele pediu o tal do tempo para pensar no domingo? Ela se sentiu em banho-maria, em "stand by", mas... ok. Dá para ser amiga. Quando ela não sentir mais amor, quando só houver carinho, quando os problemas dele enão a fizer sentir mais como dela, não enxergar mais ambos como um casal, a amizade pode rolar... Quando? Ela não sabe, o coração dela não sabe. Quando ela parar de pensar nele, afinal quando Peter Pan terminou com Sininho o céu dele não era mais azul e nem tinha estrelas, mas quando terminou com Bibica a sua vida estava normal, ele não se abalou, mas ela entrou numa noite sem fim, apesar de muitos amigos estarem com as lanternas ligadas apontando-lhe várias saídas. Ele superou a falta de Sininho em 13 dias com ajuda dela, mas como superar a de Peter??? Ela não tem idéia... só sabe que é mentira da Bruxa Rita Lee que diz que um amor só se cura com outro. Isso lembra a História de Dona Flor e seus dois maridos, a mulher vai para a cama com um pensando no fantasma do outro - isso ela não quer. Definitivamente ela é fiel ao seu sentimento.
Mas, ela quer FAMILIA e isso ela não pode fazer sozinha, isso é algo que dinheiro não compra e ela em algum momento, para poder alcançar esse sonho, vai ter que pegar de volta esse amor que deu a Peter, embrulhar na maior e na mais bonita caixa de presente e dar a outra pessoa. Vamos orar para que dessa vez ela seja feliz.
Moral da História: Não se arrependa de amar intensamente, amor demais nunca é desperdício. Se o homem que procura uma mulher inteligente não for capaz de participar disso ele é que é um idiota, pois perdeu a oportunidade de ser feliz e reconstruir sua vida. Sejamos Todos Felizes em Nossas Opções.
